O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 3,4% em 2024, de acordo com dados divulgados recentemente. O resultado reflete a resiliência da economia ao longo do ano, impulsionada principalmente pelo setor de serviços e pela agropecuária. No entanto, o ritmo de expansão perdeu força nos últimos meses do ano, com um desempenho mais fraco no quarto trimestre, indicando um possível arrefecimento da atividade econômica em 2025.
O crescimento anual de 3,4% superou algumas projeções iniciais, que previam uma alta mais modesta diante das incertezas globais e internas. O setor de serviços, que representa a maior fatia do PIB brasileiro, foi um dos principais motores do crescimento, impulsionado pela recuperação do consumo das famílias e pelo fortalecimento do mercado de trabalho. Além disso, a agropecuária teve um desempenho positivo, beneficiada por uma safra recorde de grãos e pelo aumento das exportações do setor.
Já a indústria teve um avanço mais moderado, enfrentando desafios como taxas de juros ainda elevadas e um cenário global menos dinâmico. Fatores como a desaceleração do crescimento da China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, e a instabilidade no mercado internacional contribuíram para um ritmo mais lento na produção industrial.
Apesar do crescimento sólido ao longo do ano, os dados do quarto trimestre mostraram uma desaceleração, sugerindo um enfraquecimento da atividade econômica. O menor ritmo de crescimento nos últimos três meses de 2024 pode estar ligado a fatores como a política monetária ainda restritiva, a inflação em alguns setores e a queda na confiança de empresários e consumidores.
Com esse cenário, as projeções para 2025 indicam um crescimento mais modesto, à medida que o impacto dos juros elevados e a desaceleração global podem limitar o avanço da economia brasileira. O governo e analistas do mercado seguem atentos a medidas que possam estimular investimentos e garantir um crescimento sustentável nos próximos anos.
