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Briga interna, “time frouxo” e returno péssimo: os atos do Operário-PR até a queda à Série C

Operário-PR construiu um caminho até chegar ao rebaixamento à Série C do Brasileiro. Após um início visando a parte de cima, o Fantasma perdeu fôlego, entrou no Z-4 há 12 rodadas e não saiu mais. A queda foi confirmada na derrota para o CRB, por 2 a 1, na noite de sexta-feira, com duas rodada de antecipação.

A campanha foi marcada por alguns problemas, como a briga entre o então técnico Claudinei Oliveira com o meia Marcelo, além de várias lesões, saídas de peças e uma troca de treinador que não deu resultado. O rendimento ruim em campo levou o atual técnico Matheus Costa a chamar o Operário-PR de um “time frouxo”, após perder em casa para o Vasco, de virada, por 3 a 2.

O Fantasma é o 18º, com 34 pontos, e não pode mais alcançar a Chapecoense, que era o primeiro time fora da zona de rebaixamento e chegou a 42 pontos. O Novorizontino, que é o 16º, tem 41 e também fica fora de alcance.

É o primeiro rebaixamento do Operário-PR em uma divisão do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro está na Série B desde 2019, após ser campeão da Série D 2017 e depois da Série C 2018.

Primeiro turno: de perto do G-4 à beira do Z-4

 

O Operário-PR chegou a ficar na vice-liderança na segunda rodada e ficou perto do G-4 entre a sexta e a 11ª rodada, ocupando a sexta posição naquele momento, com três pontos abaixo do grupo de acesso – eram quatro vitórias, três empates e quatro derrotas.

Porém, a partir dali o Fantasma caiu de rendimento e foi aos poucos descendo na classificação. Conseguiu apenas uma vitória nos oito jogos e fechou o primeiro turno em 15º, com 20 pontos, colado no Z-4. Sequência que custou a demissão do técnico Claudinei Oliveira

Briga de Claudinei com Marcelo

Um “divisor de águas” nesta campanha aconteceu na 10ª rodada, na derrota do Operário-PR para o Cruzeiro, por 2 a 1, no Germano Krüger. Durante o jogo, o técnico Claudinei Oliveira e o meia Marcelo, capitão da equipe, discutiram após a substituição do jogador.

Marcelo saiu bastante irritado e não cumprimentou o treinador, que foi até o banco de reservas e discutiu. Ambos se exaltaram e foi necessária a intervenção do auxiliar Luciano Gusso para interromper a confusão. O meia foi afastado e deixou o clube em seguida.

Problemas com lesão

 

O Operário-PR ainda enfrentou um departamento médico cheio em alguns momentos da competição. No fim do primeiro turno, o Alvinegro chegou a ter nove nomes lesionados. Perdeu o zagueiro Alemão, que vinha sendo titular, com uma lesão no joelho, e viu peças importantes, como o zagueiro Thales, o meia Fernando Neto e os atacantes Jean Carlo e Paulo Sérgio ficarem fora. Um problema que se repetiu ao longo do campeonato.

Novo técnico, nada de reação

 

Com a demissão de Claudinei Oliveira, na 19ª rodada, o Operário-PR foi buscar Matheus Costa para ser o treinador. A aposta era no nome que em 2020 conseguiu uma arrancada com o próprio Fantasma, fazendo a segunda melhor campanha do returno naquele ano.

Só que essa reação não veio desta vez. Matheus Costa assumiu o time na 21ª rodada. O time vinha de cinco jogos seguidos sem vencer e era o 16º colocado, com 21 pontos, um acima da zona de rebaixamento. Com o novo treinador, o Fantasma só conseguiu duas vitórias em 16 jogos, com sete empates e sete derrotas.

O Alvinegro entrou na zona de rebaixamento na 25ª rodada e não saiu mais, completando agora oito jogos seguidos sem vencer.

“Somos um time frouxo”

Em meio à pressão pelos resultados ruins, o técnico Matheus Costa fez um forte desabafo no Operário-PR após a derrota de virada para o Vasco, por 3 a 2, no Germano Krüger, na 33ª rodada. O Fantasma vencia por 2 a 1 até os 42 minutos do segundo tempo. Em entrevista coletiva depois da partida, o treinador criticou a postura do Alvinegro: