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Coritiba se impõe no Paranaense, consolida força ofensiva e ganha moral para o Brasileiro; análise

Campeão estadual de forma merecida, Coritiba vê trio de frente encaixar e mostrar faro de gol, mas perfil ofensivo exige mais atenção no sistema defensivo para a Série A

O Coritiba se impôs, voltou a ser campeão paranaense e quebrou um jejum de cinco anos no estadual. Uma conquista sem maiores sustos, com a força ofensiva consolidada e que dá moral para o início do Campeonato Brasileiro. A estreia será contra o Goiás, domingo, às 11h, no Couto Pereira.

É claro que o nível que o Coritiba vai encarar na Série A será completamente diferente do enfrentado no Paranaense. Porém, o estadual serviu para o técnico Gustavo Morínigo encontrar uma base titular, testar novas opções e perceber as principais carências do time atual.

– Vai ser uma Série A muito mais complicada, muito mais difícil, e nós temos que estar à altura – disse o treinador ao ge, durante a comemoração do título do Paranaense.

O ponto mais positivo foi o ataque. O trio de frente, formado por Alef Manga, Léo Gamalho e Igor Paixão, ganhou encaixe e provou que tem faro de gol. A fase dos três é excelente. Juntos, eles já marcaram 22 gols na temporada – são nove de Léo Gamalho, sete de Paixão e seis de Manga. Gamalho e Paixão, aliás, fecharam o Paranaense como artilheiros.

Outro destaque é que os três brilharam no mata-mata do Paranaense, fazendo 12 dos 13 gols do Coritiba em seis partidas. Léo Gamalho foi o cara contra o Cianorte, Alef Manga decidiu diante do Athletico, e Igor Paixão teve papel fundamental na final, contra o Maringá.

Vale pontuar também a participação de Warley e Thonny Anderson, dupla que chegou durante a temporada, ganhou a vaga de titular e tem ajudado com assistências.

Por outro lado, a defesa ainda merece alguma atenção. Apesar de ser o terceiro time menos vazado do Paranaense, com 13 gols em 17 jogos, a forma ofensiva de o Coritiba jogar deixa alguns espaços, principalmente para contra-ataques adversários.

Esse problema apareceu no primeiro tempo contra o Maringá. Foi desta maneira que o Coxa levou o primeiro gol – após erro de passe de Willian Farias, Matheus Bianqui avançou e mandou uma bomba – e também sofreu alguns outros sustos, como uma bola no travessão de Alemão.

Isso foi resolvido depois do intervalo, até pelos gols logo no começo da segunda etapa. Porém, esse cuidado defensivo precisa aumentar no Campeonato Brasileiro.

Ainda em busca de correções e melhorias, o Coritiba sai do estadual com uma base titular definida: Alex Muralha; Warley, Henrique, Luciano Castán e Egídio; Willian Farias, Andrey e Thonny Anderson; Alef Manga, Léo Gamalho e Igor Paixão.

A contratação de alguns jogadores durante o estadual ajudou também a aumentar as “sombras” em algumas posições. É o caso do próprio Thonny Anderson com Régis, que era o titular no início do ano, ou de Andrey, que ganhou a vaga de Val.

Coritiba vai para o Brasileirão comemorando um merecido título paranaense, mas consciente de que o desafio será bem diferente e com muitas mais provas para superar.

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