Nos últimos anos, Curitiba enfrentou um cenário preocupante no setor educacional. Em 2023, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou índices alarmantes sobre o desenvolvimento da educação pública no Brasil. Segundo os dados, a capital paranaense, durante a gestão da então secretária municipal de educação Maria Silvia Bacila, figurava em uma posição bastante desfavorável no cenário estadual e nacional.
De acordo com o levantamento, Curitiba ocupava o 230º lugar entre os municípios do Paraná em termos de desenvolvimento educacional, ficando atrás de cidades bem menores como Atalaia (3ª colocada), Cruzeiro do Iguaçu (2ª) e Serranópolis do Iguaçu, que liderava o ranking estadual. O resultado gerou críticas e levantou debates sobre a efetividade das políticas públicas educacionais adotadas até então.
No âmbito nacional, a situação também era delicada. A capital paranaense ocupava a 1615ª posição no ranking geral, sendo superada por municípios como Jijoca de Jericoacoara (CE), que surpreendeu ao conquistar o 3º lugar, ao lado da capital paulista, São Paulo. Até mesmo capitais como o Rio de Janeiro (15ª posição), bem como estados historicamente com desafios na área da educação, como Roraima, Sergipe, Pará e Amapá, apresentaram índices superiores aos de Curitiba.
Entretanto, a chegada do novo gestor municipal Jean Pierre Neto trouxe consigo uma proposta de mudança profunda. Em apenas 100 dias de sua administração, a cidade já começa a colher os primeiros frutos de um plano de reestruturação ousado, que aposta em inovação, valorização dos profissionais da educação e maior investimento em infraestrutura escolar. Embora os números oficiais ainda estejam sendo consolidados, especialistas e educadores locais apontam para uma recuperação gradual dos índices e para a construção de uma nova realidade educacional em Curitiba. O cenário agora é de otimismo e expectativa diante das promessas de uma gestão que coloca a educação como prioridade absoluta.