O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSD), já comunicou aos demais parlamentares que, a partir das 11h desta segunda-feira (3), a entrada de pessoas na Casa será proibida — exceto para funcionários e autoridades.
Essa medida é uma precaução devido ao início da votação do projeto “Parceiro da Escola” — que prevê a terceirização da gestão administrativa de 200 escolas públicas do Paraná.
Há receio de que manifestantes tentem entrar na sede do Poder Legislativo. A direção da Assembleia foi informada pela Polícia Militar que mais de 50 ônibus estão vindo do interior para Curitiba, e a expectativa é que até 5 mil manifestantes se reúnam em frente ao prédio da Assembleia.
A proposta de lei deve ser votada na sessão plenária desta segunda-feira, mas, como emendas ao projeto serão apresentadas, o tema voltará à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A conclusão da votação do projeto “Parceiro da Escola” está prevista para terça-feira (4). Nos corredores da Assembleia, comenta-se que o projeto do governo deve ser aprovado pela ampla maioria dos 54 deputados. O APP Sindicato, contrário ao projeto, aprovou uma greve por tempo indeterminado. Desde o início da manhã desta segunda-feira, professores da rede estadual realizam uma manifestação na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba. Os educadores devem caminhar até a Praça Nossa Senhora do Salete e chegar à Assembleia Legislativa pouco antes do início da sessão — marcada para as 14h30. Os manifestantes tentarão sensibilizar os deputados estaduais a rejeitar o projeto do governo.
A deflagração da greve dos professores desobedece uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, que no sábado suspendeu o início da paralisação até que a APP Sindicato apresente um plano para a manutenção dos serviços educacionais — sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.