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PT impõe condição para aceitar Eduardo Bolsonaro na presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara

O Partido dos Trabalhadores (PT) manifestou oposição à possibilidade de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados. Segundo integrantes da legenda, a única circunstância em que aceitariam essa nomeação seria se o passaporte do deputado fosse apreendido, impedindo que ele pudesse representar o Brasil em eventos internacionais.

A declaração reflete a preocupação de parlamentares da base governista com a condução da política externa brasileira sob a influência de um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eduardo, que já atuou como uma espécie de chanceler informal do governo do pai, tem um histórico de aproximação com lideranças políticas de direita ao redor do mundo, incluindo figuras como Donald Trump, nos Estados Unidos, e Viktor Orbán, na Hungria. Além disso, ele é um dos principais entusiastas do alinhamento do Brasil com países governados por líderes ultraconservadores.

A resistência do PT e de outros partidos da base governista se justifica pelo temor de que Eduardo Bolsonaro utilize a presidência da comissão para defender pautas ideológicas alinhadas à extrema-direita e para tensionar as relações diplomáticas do Brasil. Parlamentares de oposição, por outro lado, argumentam que o deputado tem direito de ocupar o cargo, seguindo a lógica da distribuição das comissões da Câmara conforme a proporcionalidade dos partidos.

Nos bastidores, a disputa pela CREDN tem se intensificado, uma vez que a comissão é uma das mais estratégicas da Casa, sendo responsável por analisar acordos internacionais, acompanhar ações do Itamaraty e debater temas sensíveis da diplomacia brasileira. A nomeação de Eduardo Bolsonaro poderia representar um novo embate entre governo e oposição, especialmente em um momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca recompor a imagem do Brasil no cenário internacional, após os desgastes sofridos durante o governo Bolsonaro.

A decisão final sobre o comando da comissão ainda depende de negociações entre os partidos, mas a posição do PT indica que a possível indicação de Eduardo Bolsonaro não será aceita sem resistência.

Quarto Poder Parana
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