Na manhã desta quarta-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu à Polícia Federal em Brasília, acompanhado do seu assessor, Fábio Wejngarten, para prestar depoimento com relação aos atos extremistas que ocorreram no 8 de janeiro. Instaurado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, o inquérito investiga os autores intelectuais do ato terrorista que vandalizou as sedes dos três poderes na capital do país, Bolsonaro é apontado como o principal incentivador.
Moraes atendeu ao pedido de intimação apresentado pela PGR (Procuradoria Geral da República) em 14 de Abril apontando que Jair Bolsonaro “teria supostamente incitado a perpetração de crimes contra o Estado de Direito” através de uma publicação em suas redes sociais no dia 10 de janeiro. Neste dia, Bolsonaro compartilhou em seu Facebook que contesta a legitimidade do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e diz que ele foi “escolhido por ministros do STF e TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, sem provas.
Em sua página, o ex-presidente conta com cerca de 15 milhões de seguidores e a publicação foi feita num cenário em que seus apoiadores mais fanáticos já estavam com os ânimos exaltados desde o resultado das eleições, tanto que viam acampando em frente aos quarteis do exercito clamando por intervenção militar desde então.
No início desse mês, Bolsonaro já havia deposto na PF com relação ao recebimento de joias estimadas em valores milionários entregues em sua gestão pelo governo da Arábia Saudita.