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PT reforça pedido de federalização da investigação do assassinato de Marcelo Arruda

O deputado Zeca Dirceu (PT) reforçou nesta sexta-feira, 15, o pedido da transferência para a Polícia Federal da investigação do assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. “Palhaçada, uma vergonha, vamos até as últimas consequências para mudar isto. Chega a festa por razão política, saca a arma por razão política, mas atira por razão pessoal, nem uma criança de cinco anos acredita na conclusão deste inquérito”, disse Zeca Dirceu sobre o resultado das investigações feitas pela Polícia Civil do Paraná.

Zeca Dirceu não acredita no direcionamento das investigações, mas reforça a tese dos advogados e da família de Marcelo Arruda. “Foi um crime político, de ódio para quem tem uma posição política diferente do assassino. Ele premeditou o crime, foi a festa sem ser convidado, fez ameaças com uma arma e voltou para assassinar Marcelo Arruda. O nosso companheiro foi um herói porque mesmo alvejado, caído, evitou uma chacina”, disse.

Parlamentares do PT e advogados foram ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e pediram que a Polícia Federal investigasse o assassinato porque entenderam se tratar de “um crime político”. Aras disse que aguardaria o resultado do inquérito da polícia paranaense para estudar o caso. “É evidente que se trata de crime político. Marcelo Arruda comemora com seus amigos a festa de seu aniversário. Admirador de Lula, foi assassinado por este motivo”, disse Zeca Dirceu.

Para a Polícia Civil do Paraná não houve motivação política no assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. O agente penal federal Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causar perigo comum, de acordo com a delegada Camila Cecconello.

O crime aconteceu no sábado (9). Marcelo Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário, que tinha como tema o PT e o presidente Lula.