O Paraná Clube segue trabalhando para tentar concretizar a venda da SAF. O passo atual é sobre a situação do imóvel da sede da Kennedy, que serve como garantia para o processo de Recuperação Judicial
Kennedy é ponto-chave na venda da SAF
Em novembro do ano passado, a Carpa (grupo intermediado pela Pluri Consultoria Economista, responsável pela assessoria de clubes brasileiros no processo de transformação para SAF), fez uma proposta de investimento de R$ 430 milhões por 90% da SAF, sendo aprovada pelo Conselho Deliberativo do Paraná Clube. A Justiça autorizou a venda.
O grupo de investidores se mostrou disposto a pagar parte da dívida, que com a Recuperação Judicial caiu de R$ 119 milhões para cerca de R$ 60 milhões. A sede da Kennedy entrou como garantia neste processo. Os investidores contam com o leilão do imóvel. Sem essa condição, eles não vão dar continuidade à SAF, porque teriam que assumir toda a dívida, comprometendo o investimento no futebol.
O Paraná Clube , o advisor da Sportsview e o grupo de investidores defendem que a sede da Kennedy não tem valor significativo de mercado ao limitar o uso do espaço. O imóvel de 28 mil metros quadrados foi doado pela prefeitura para o Esporte Clube Água Verde, que depois virou Pinheiros, e deu origem ao Tricolor.
A cláusula de finalidade sobre a sede da Kennedy vem de uma lei municipal nº 1550/1958, aprovada no governo do prefeito Ney Braga. A lei diz que o patrimônio precisa ter fins de lazer e recreação esportiva. O Paraná Clube tenta apoio do poder público para tentar revogar essa lei.
Novo interessado na SAF
Em janeiro deste ano, uma nova empresa quis entrar no jogo: a FG 10 Sports Academy pediu na Justiça o direito de participar do processo. A promessa era de que superariam em 20% a outra proposta, mas até agora tal empresa não procurou o clube, nem oficializou o interesse.
A FG é uma agência de administração de carreiras que fica no Rio de Janeiro, de investidores não conhecidos, que faria seu primeiro ato no mercado do futebol-empresa. O Paraná Clube não trabalha com essa alternativa, mas caso a proposta seja formalizada, a juíza Mariana Fowler Gusso, titular da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, precisa analisar se aceita incluir a empresa na disputa.