publicidade

Hélio Cury Filho é o novo presidente da Federação Paranaense de Futebol

Hélio Cury Filho é o novo presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Ele foi eleito neste sábado, em pleito de chapa única, para o quadriênio 2023-2027.

Filho do atual mandatário Hélio Cury, que ficou no cargo de 2007 a 2023 e pavimentou sua sucessão, o novo presidente fazia parte da chapa “Confiança e Inovação”, que obteve 61 votos. A posse acontece até o fim de abril.

A eleição foi realizada de forma presencial em um hotel de Curitiba e também de maneira online. Ao todo, 69 estavam aptos para votar, mas a eleição teve 63 votantes, com um nulo e uma abstenção.

Hélio Cury Filho teve apoio de 57 representantes entre clubes profissionais e amadores e ligas para formalizar sua chapa. Entre os apoiadores, estão Coritiba, Londrina, Operário-PR e Paraná Clube. Já o Athletico não se posicionou e nem votou.

Já a oposição tinha o ex-jogador Ribamar José Denis, da chapa “Futebol Forte Paraná”. Contudo, ele possuía apoio de apenas um filiado da entidade, o amador Nacional.

Na véspera da eleição, a tentativa de Denis concorrer foi impugnada. Conforme o regulamento geral da FPF, é necessário que 20 filiados – no mínimo – apoiem a candidatura. Nessa edição, eram possíveis até três grupos diferentes.

Chapa eleita: Confiança e Inovação

  • Presidente: Hélio Pereira Cury Filho.
  • Vices: Christiano Souto Puppi, Genildo Pereira Carvalho, José Ronaldo Carvalho Saddi Filho, José Luiz dos Santos, Nelson Ubiratan Batista, Maurício Alvacir Guimarães e Elizeu Elias Silva.

    Advogado, Hélio Cury Filho tem especialização em Gestão Esportiva e trabalha como assessor jurídico na Câmara Municipal de Curitiba. Ele também tem passagens pela Itaipu Binacional e Prefeitura e Curitiba.

    Filho, inclusive, trabalhou na gestão do pai entre 2010 e 2014 por serviços de assessoria jurídica. Ele acabou dispensado do cargo após a Medida Provisória 671/2015, que foi convertida na Lei nº 13.155 (PROFUT), em agosto de 2015. No capítulo III, o texto coloca como “gestão temerária” a contratação pelas entidades de parentes e empresas de parentes até terceiro grau.

    A saída de Hélio Cury

     

    A eleição deu fim a uma era de Hélio Cury no comando da federação, cargo que ocupa há quase 16 anos. O dirigente, por outro lado, pavimentou o caminho para que seu filho assumisse a FPF sem obstáculos.

    Cury assumiu como presidente da FPF no final de 2007 para substituir Oinareves Rolim de Moura, que foi suspenso por apropriação indevida de verba da instituição após ficar no cargo por 22 anos. Atualmente, Moura está preso por apropriação indébita, estelionato e formação de quadrilha ou bando.

    No ano seguinte, Cury foi eleito para exercer o mandato e teve seu prazo estendido a pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em razão da Copa do Mundo de 2014. Na ocasião, todas as federações do país tiveram seu comando prorrogado automaticamente até 2015.

O único ano em que sua continuidade ficou em xeque foi em 2015, com apoio contrário de Athletico, Coritiba e Paraná. A votação apertada foi 33 votos para Cury contra 25 de Ricardo Gomyde.

Reeleito em 2019, Cury não pode mais se candidatar à presidência após o terceiro mandato. No último ciclo, ele virou vice-presidente da CBF e chegou a comandar interinamente entre o fim de março e começo de abril de 2022 durante uma viagem do presidente Ednaldo Rodrigues ao exterior.

Antes de ser o mandatário, ele foi atleta, técnico, diretor, conselheiro e presidente de várias equipes amadoras de Curitiba. Empresário até os dias atuais, Cury possui uma loja de artigos esportivos no centro de Curitiba, que já foi alvo de polêmica por vender produtos de premiação nas competições organizadas pela Federação.