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Geraldo Stocco cita filho da prefeita de PG em esquema de corrupção e fraude

O Vereador Geraldo Stocco (PV) prestou depoimento nesta quarta-feira (18) à Comissão Parlamentar Processante da Câmara (CPP) que está investigando a possível quebra de decoro do ex-vereador Celso Cieslak (PRTB) em um esquema de  corrupção sobre a Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) da Saúde e fraudes em licitações da Prefeitura de Ponta Grossa. A Operação Pactum deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 06 de junho de 2023 revela um esquema vergonhoso que afeta a área mais caótica de Ponta Grossa, a saúde pública.

Durante o depoimento, Geraldo Stocco (PV) foi questionado pelo advogado da defesa de Cieslak se havia outras pessoas envolvidas no caso. O vereador citou Rodrigo Silveira Schmidt, filho da prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (PSD), como uma das partes envolvidas no suposto esquema. O parlamentar do PV relatou “ter ouvido do ex-vereador Celso que Rodrigo estava auxiliando no esquema”.

Stocco relatou que, em conversa com Cieslak, o vereado apresentou proposta de suborno para que o parlamentar do PV deixasse de incluir, no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), irregularidades da atual administração na gestão da Saúde, e que também excluísse do relatório a solicitação de abertura de CPP em face da prefeita.

Diante deste fato a Comissão Parlamentar Processante, da qual a vereadora Josi do Mandato Coletivo (PSOL) é membra, vai requerer a intimação de Rodrigo para depor na CPP e entender seu possível envolvimento.

Geraldo Stocco (PV) prestou depoimento à CPP nesta quarta-feira (18). (Foto: Assessoria/Mandato Coletivo/Psol)

O Blog da Mareli Martins cobrou a Câmara dos Vereadores sobre a falta de transparência da CPP. A oitiva não foi transmitida nas redes sociais. A assessoria da Câmara disse que “o sistema foi danificado pelo temporal e por isso não houve a transmissão”.No entanto, a sessão ordinária desta quarta-feira (18) foi transmitida normalmente.

CELSO CIESLAK TERIA OFERECIDO R$ 300 MIL POR FALSIFICAÇÃO DO RELATÓRIO DA CPI DA SAÚDE DE PG

A Operação Pactum deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 06 de junho de 2023 trevela um esquema vergonhoso que afeta a área mais caótica de Ponta Grossa, a saúde pública.

O vereador afastado do cargo, que foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, Celso Cieslak (PRTB,) teria ofertado como vantagem indevida R$ 300 mil para o relator da CPI, Geraldo Stocco (PV), que teria recusado a oferta e depois disso denunciou a situação ao Ministério Público.

Segundo Geraldo Stocco, o valor de R$ 300 mil foi ofertado durante um café. “Nós já estávamos finalizando a CPI da Saúde, saímos tomar um café e em dado momento aconteceu a questão que relatei ao Gaeco. Eu relatei um crime, acredito que eu não fizesse isso, quem sabe o Gaeco estivesse na minha porta hoje.

Stocco ainda não revelou quais pontos Celso pretendia alterar no relatório da CPI da Saúde. O dinheiro  (R$ 300 mil) seria pago por uma empresa, que em troca ganharia uma licitação na Prefeitura de Ponta Grossa de forma ilícita.

Durante a Operação do Gaeco, além do vereador Cieslak, foi afastado também o diretor de Recursos Humanos da Prefeitura de Ponta Grossa, Eloir José da Silva.

A CPI da Saúde foi presidida pelo vereador Celso Cieslak (PRTB) e Geraldo Stocco era o relator. Também fazem parte da CPI os vereadores Léo Farmacêutico (PSD), Joce Canto (PSC) e Jairton da Farmácia (União Brasil).

As investigações, do núcleo do Gaeco em Ponta Grossa, apuram a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início em novembro de 2022, a partir de declarações do vereador Geraldo Stocco (PV), então relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava o sistema de saúde no município, noticiando que o vereador Celso Cieslak (PRTB), que era presidente da CPI da Saúde, teria oferecido vantagem indevida para modificar pontos do relatório final da CPI, lançando ainda a suspeita da existência de um esquema de propina envolvendo licitações para a compra de livros por diversas prefeituras e câmaras municipais, inclusive nos estados de Santa Catarina e São Paulo.

No curso das investigações, confirmaram-se indícios de um esquema de propina e direcionamento de licitações nas áreas de shows e eventos, de contratação de empresas para projeto de recuperação tributária e de compra de livros.