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SAF do Paraná Clube: entenda imbróglio com a sede da Kennedy e situação da venda

Paraná Clube segue trabalhando para tentar concretizar a venda da SAF. O passo atual é sobre a situação do imóvel da sede da Kennedy, que serve como garantia para o processo de Recuperação Judicial

Para que a venda da SAF do Paraná caminhe, o clube tenta remover uma cláusula de finalidade que restringe o uso da sede da Kenedy apenas para atividades esportivas, a fim de facilitar o leilão do imóvel.
Na quarta-feira, membros da diretoria do Tricolor se reuniram com representantes da Prefeitura de Curitiba, entre eles o prefeito Rafael Greca (PSD) para discutir a situação do imóvel.

Kennedy é ponto-chave na venda da SAF

 

Em novembro do ano passado, a Carpa (grupo intermediado pela Pluri Consultoria Economista, responsável pela assessoria de clubes brasileiros no processo de transformação para SAF), fez uma proposta de investimento de R$ 430 milhões por 90% da SAF, sendo aprovada pelo Conselho Deliberativo do Paraná Clube. A Justiça autorizou a venda.

O grupo de investidores se mostrou disposto a pagar parte da dívida, que com a Recuperação Judicial caiu de R$ 119 milhões para cerca de R$ 60 milhões. A sede da Kennedy entrou como garantia neste processo. Os investidores contam com o leilão do imóvel. Sem essa condição, eles não vão dar continuidade à SAF, porque teriam que assumir toda a dívida, comprometendo o investimento no futebol.

Paraná Clube , o advisor da Sportsview e o grupo de investidores defendem que a sede da Kennedy não tem valor significativo de mercado ao limitar o uso do espaço. O imóvel de 28 mil metros quadrados foi doado pela prefeitura para o Esporte Clube Água Verde, que depois virou Pinheiros, e deu origem ao Tricolor.

A cláusula de finalidade sobre a sede da Kennedy vem de uma lei municipal nº 1550/1958, aprovada no governo do prefeito Ney Braga. A lei diz que o patrimônio precisa ter fins de lazer e recreação esportiva. Paraná Clube tenta apoio do poder público para tentar revogar essa lei.

Novo interessado na SAF

 

Em janeiro deste ano, uma nova empresa quis entrar no jogoa FG 10 Sports Academy pediu na Justiça o direito de participar do processo. A promessa era de que superariam em 20% a outra proposta, mas até agora tal empresa não procurou o clube, nem oficializou o interesse.

A FG é uma agência de administração de carreiras que fica no Rio de Janeiro, de investidores não conhecidos, que faria seu primeiro ato no mercado do futebol-empresa. Paraná Clube não trabalha com essa alternativa, mas caso a proposta seja formalizada, a juíza Mariana Fowler Gusso, titular da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, precisa analisar se aceita incluir a empresa na disputa.