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Uso da UFPR para evento partidário é questionado por Anne Dias

O Teatro da Reitoria, no Centro de Curitiba-PR, tem agendado para o fim da tarde desta terça-feira (26) o lançamento do ‘Comitê Popular de Luta da UFPR’, organizado por entidades sindicais e estudantis. Este evento contraria o Regimento Geral da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que proíbe a realização de atividades político-partidárias, promovidas por entidades estudantis, nos espaços públicos da instituição. Para evitar o desrespeito às regras universitárias e com base na isonomia, a pré-candidata à deputada estadual pelo Partido Novo, Anne Dias, protocolou pedido de suspensão do evento.

O artigo 176 do Regimento Geral da UFPR diz que “A representação estudantil terá por objeto promover a cooperação da comunidade acadêmica e o aprimoramento da instituição, vedadas atividades de natureza político-partidárias.” Entre os organizadores do ‘Comitê Popular de Luta da UFPR’ estão três pré-candidatas ao cargo de deputada pelo Partido dos Trabalhadores (PT): Carol Dartora, Professora Josete e Ana Júlia, sendo duas delas vereadoras em exercício.

“O PT quer criar um comitê de campanha dentro da UFPR, às vésperas das eleições. Isso é ilegal. O evento é claramente partidário. Além das pré-candidatas do partido, o cartaz de divulgação traz um L em referência ao Lula, e uma estrela do PT. Em 2018, tentei organizar um evento com o Henrique Meirelles, na época pré-candidato à Presidência, e fui barrada pela universidade com base no Regimento Geral, que proíbe atividades político-partidárias”, afirmou Anne Dias.

A candidata questiona ainda outro ponto: o financiamento de campanha. O PT vai receber cerca de R$ 500 milhões do Fundo Eleitoral, dinheiro público para custear despesas como o aluguel de espaço para eventos. “Nós, do Partido Novo, somos contra o uso do Fundo Eleitoral. Não é justo usar dinheiro público para bancar campanhas eleitorais. Agora, além de utilizar esta verba, o PT quer utilizar um espaço público da Universidade Federal do Paraná para promover suas candidaturas. Isso é ilegal e vamos combater este tipo de atitude”, disse Anne Dias.