Membro da horda de extremistas de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados, Geraldo Mendes (União-PR) foi acusado pela esposa, Emiliane Keli da Silva, de tentativa de estupro e ameaças, segundo jornal Folha de S.Paulo.
Por duas vezes, Emiliane registrou boletim de ocorrência afirmando ser alvo de agressões, ameaças de morte e tentativa de estupro.
No entanto, ela recuou e retirou as acusações contra o marido, que disputa a prefeitura de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, capital do Paraná.
“Por essa declaração a vítima sente-se ameaçada e teme que ele faça algo contra sua integridade física”, diz o boletim.
No mesmo registro, ela afirma que no dia 17 de março, o bolsonarista tentou estuprá-la.
“O noticiado [Mendes] adentrou a residência da noticiante [Emiliane] sem anuência da mesma, se dirigiu até o quarto da noticiante, e ao se deparar com a mesma deitada a puxou pelos braços em tentativa de levá-la para outro quarto para tentativa de atos sexuais”, relatou ela, que afirma que o mesmo ocorreu no dia seguinte.
Em dezembro de 2020, em outro boletim, Emiliane acusa o marido de tentar matá-la. “Tenho uma arma, aquilo não é para brincadeira. Eu não mato, mando matar”, teria dito o bolsonarista, segundo o boletim.
Nos dois casos, Emiliane retirou as acusações, mas o Ministério Público pode pedir a abertura de investigação.
Ao jornal, a defesa de Mendes enviou documentos em que Emiliane se retrata das acusações.
O documento foi enviado ao MP no dia 19 de abril deste ano, antes do início da campanha eleitoral.
Na alegação, Emiliane diz que registrou o BO “sob forte emoção, razão pela qual a continuidade da investigação será prejudicial a mim, ao meu companheiro e às nossas filhas”.
Advogado de Mendes, Thiago Chamulera afirma que o bolsonarista é “uma pessoa mansa” e que as brigas aconteceram por ciúme e desavenças por causa da reforma da casa.
Fonte: Revista Fórum