O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou nesta terça-feira (22) que o modelo do pacote de concessões rodoviárias do Estado é exemplo para o País, de acordo com o Ministério dos Transportes. Ele participou do seminário “Paraná em Perspectiva – Desafios e Oportunidades”, organizado pela Gazeta do Povo, e reforçou que o pacote foi montado de uma maneira que seja capaz de atrair grandes empresas ou consórcios para o leilão, ao mesmo tempo que estabelece garantias de investimentos para que as obras sejam executadas conforme o planejado.
O leilão do Lote 1 de concessões rodoviárias acontece em São Paulo na sexta-feira (25) em uma disputa que envolve 473 quilômetros de rodovias que passam por Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná. “É importante que estamos indo à Bolsa de Valores com uma condição de termos um bom volume de interessados, que tenham capacidade de cumprir os investimentos e de oferecer um preço justo. Isso é fruto de um trabalho diário desde que assumimos a gestão”, afirmou.
Para conseguir atrair os interessados com alta capacidade de investimento, os lotes foram pensados agrupando rodovias estaduais e federais. O vencedor que assumir o lote que vai a leilão nesta semana, por exemplo, deverá realizar obras de melhorias e manutenção em trechos da BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427. O edital prevê que vença a empresa ou o consórcio que oferecer o menor preço de tarifa de pedágio, mas que também apresente garantias financeiras de que será capaz de executar todas as obras.
O valor máximo estipulado para o quilômetro rodado do Lote 1 é de R$ 0,10673, que já é 47,3% mais baixo do que a tarifa média do antigo Anel de Integração. Além disso, as empresas que apresentarem um desconto acima de 18% serão obrigadas a realizar aportes financeiros de R$ 100 milhões a cada ponto percentual de desconto até os 23%. Entre 23% e 30% de desconto, o valor adicional deverá ser de R$ 120 milhões a cada ponto, que passará a ser de R$ 150 milhões para descontos acima de 30%, sempre de forma cumulativa.
“Nós já estamos indo para a Bolsa de Valores com uma garantia de desconto muito considerável em relação às tarifas que eram praticadas nos contratos antigos. Mas as obras são tão importantes quanto o preço. E nós temos um modelo que garante investimentos que tornarão as nossas rodovias mais eficientes para os paranaenses e para o setor produtivo”, explicou Ratinho Junior. “A gestão Bolsonaro e a gestão Lula disseram que esse é um modelo para o País. Estamos com essa expectativa de entregar um grande projeto para o futuro do Paraná”.
A empresa ou o consórcio vencedor do Lote 1 deverá investir pelo menos R$ 7,9 bilhões em obras, melhorias e manutenção nos trechos leiloados. Serão 344 quilômetros duplicados e 210 quilômetros com faixas adicionais. Também estão previstos 44 quilômetros de novos acostamentos, 31 quilômetros de novas vias marginais, 27 quilômetros de ciclovias e 86 viadutos, trincheiras e passarelas.
- Informações: AEN.