Um suposto esquema de rachadinha agita a política de Foz do Iguaçu e coloca um vereador no olho do furacão. O jornal Primeira Linha, na sua última edição, revela áudios e mensagens que comprometem o vereador Galhardo (Republicanos).
Reportagem de Bruno Soares registra a gravação de uma conversa entre o jornalista Luciano Alves com o especialista em marketing, Felipe Menger. “Fizeram toda essa maracutaia, do vereador ganhar meio que ‘pareio’ com assessor, justamente pra pegar do assessor, entendeu? Só que rachadinha é crime. Não tem conversa, entendeu? É corrupção”, acusa Menger.
O especialista foi contratado em agosto de 2020 como assessor parlamentar pela Câmara de Vereadores e atuou como coordenador da campanha digital de Galhardo que o manteve no cargo até junho de 2021.Entre agosto de 2020 e junho de 2021, Menger recebeu R$ 83.091,66 do legislativo – R$ 39.172,14 via gabinete do ex-vereador Beni, e outros R$ R$ 43.919,52 por meio do vereador Galhardo.
*Confirmação -* Na conversa com Luciano Alves, Menger disse que ao se negar a manter repasses o salário para Galhardo, foi exonerado. “Eu vivia cobrando ele. ‘Galhardo, você não precisa disso, cara (…)’. Mas ele sabia, na cabeça dele, até hoje acha que eu era um risco, entendeu?”, afirmou.
Em outro trecho, Menger diz que após deixar a assessoria parlamentar, Galhardo convidou sua mulher o cargo. “Minha esposa que entrou no meu lugar lá, ela também mexe com marketing (…). Aí ela entrou e ficou um mês”.
Ao jornal, o ex-assessor confirmou a prática de rachadinha na Câmara Municipal. “Por se tratar de um mandato do qual eu estava envolvido, ficou mais escancarado na minha percepção”, afirmou.
Procurada, a Câmara Municipal, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que “não se pronunciará sobre o assunto neste momento”. Já o vereador Galhardo não atendeu as ligações e tampouco retornou às mensagens.
