O ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), José da Silva Tiago, que foi superintendente do órgão no Estado durante a construção do Contorno Norte, está preso temporariamente em Brasília desde o dia 10 deste mês devido à suspeita de participação nos esquemas de corrupção, no período que chefiou o DNIT no estado. A prisão é resultado da Operação “Rolo Compressor”, que na semana passada já havia afastado o superintendente, José Carlos Beluzzi de Oliveira, que foi sido indicado para o cargo pelo líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal. Ele foi afastado e teve os bens bloqueados.
Segundo a auditoria da Controladoria Geral da União, em apenas um dos contratos há constatação de prejuízo de mais de R$ 60 milhões para os cofres públicos. A investigação, iniciada em 2015, diz respeito a fraudes em contratações e execução de obras públicas, incluindo superfaturamento e sobrepreço, visando o desvio de recursos públicos; Há indícios de que o esquema criminoso funcionava há mais de uma década.
O TCU identificou maquiagem nos custos de uma obra no Paraná. A empresa contratada executou 475 km de rodovia, mas apresentou planilha de mais de 600 km asfaltados, resultando em sobrepreço de R$ 9 milhões. Outras obras auditadas apresentaram problemas na gestão na gestão de José da Silva Tiago à frente do Dnit do Paraná, como por exemplo o Contorno Norte, que apresentou sobrepreço de R$ 10 milhões.
Exite ainda suspeitas de fraude na licitação e pagamentos indevidos na BR-487 que liga o Paraná a Mato Grosso. Na ação, foram expedidos pela Justiça Federal em Curitiba mandados de prisão e de busca e apreensão em seis estados; Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. As buscas envolvem 125 policiais em 26 locais. Ainda segundo a PF, outros cinco servidores públicos foram afastados cautelarmente e tiveram o patrimônio bloqueado.