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Crescimento da produção industrial do Paraná é a maior em 10 anos

A indústria do Paraná registrou 9% de crescimento na produção em 2021. É o melhor resultado em 10 anos. A performance só não superou a alta de 11,2% alcançada em 2011. Em 2020, ano em que eclodiu a pandemia da Covid-19 no Brasil, o mesmo indicador teve queda de 2,5% em relação ao ano anterior. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (09/02), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ranking nacional, o Paraná obteve o terceiro melhor resultado, superado por Santa Catarina (10,3%) e Minas Gerais (9,8%). Considerando os cinco estados mais industrializados do país (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul), o Paraná obteve a maior taxa de crescimento na indústria de transformação, já que Santa Catarina não consta entre os primeiros e Minas tem grande influência do seu resultado por conta da indústria extrativa.

O economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, explica que o desempenho é positivo, mas precisa ser visto com cautela. “O crescimento da indústria é robusto e mostra que a trajetória do setor se mantém em alta, numa boa recuperação desde o baque inicial da pandemia”, resume. “O resultado também é mais homogêneo do que em 2020, ou seja, outras atividades com grande peso no PIB industrial tiveram desempenho positivo no último ano”, completa.

Segundo ele, o aumento da inflação e o preço mais alto dos alimentos nos supermercados, automaticamente obriga as famílias a reduzirem o consumo, substituindo produtos por itens mais baratos que se ajustam ao orçamento mais apertado. “A pressão nos custos de produção atinge toda a indústria, mas algumas atividades são mais sensíveis do que outras”, avisa ele. Felippe elenca como vilões o aumento no preço de insumos e matérias-primas, problemas logísticos – que atrasam as entregas, crise hídrica, o elevado custo da energia elétrica, a alta na taxa de câmbio e o reajuste frequente no preço dos combustíveis. “Tudo isso eleva o custo dos produtos na ponta, para o consumidor. Por outro lado, a recuperação mais robusta da economia, acelerada principalmente pela retomada dos segmentos de comércio e serviços, contribuíram para a recuperação do setor automotivo e de máquinas e equipamentos, que demandam a fabricação de mais produtos e acabam afetando positivamente toda a cadeia industrial”, conclui.

 

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