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Com investimento de R$ 5,6 milhões, Unioeste inaugura centro de pesquisas em biologia e saúde

Com área total de 2.241 metros quadrados e três pavimentos, o novo bloco conta com 76 laboratórios. O espaço será compartilhado ainda entre vários grupos de pesquisas.

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) passa a contar com um centro de pesquisas no Campus de Cascavel. Entre várias atividades acadêmicas, a nova estrutura abrigará os cursos de mestrado e doutorado dos programas de pós-graduação em Biociências e Saúde e em Conservação e Manejo de Recursos Naturais, ambos vinculados ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Unioeste. A inauguração das novas instalações foi nesta quinta-feira (3).

Iniciada em 2019, a obra soma investimento superior a R$ 5,6 milhões. Desse montante, R$ 2 milhões são provenientes de recursos de fomento à ciência do Governo do Estado, por meio do Fundo Paraná, gerido pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O restante, no valor de R$ 3,6 milhões, foi desembolsado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Com área total de 2.241 metros quadrados e três pavimentos, o novo bloco conta com 76 laboratórios. O espaço será compartilhado ainda entre vários grupos de pesquisas, registrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além de 50 projetos de iniciação científica. A previsão inicial é que aproximadamente 100 pessoas circulem nas dependências do bloco, entre pesquisadores, professores e estudantes.

A lista de grupos de pesquisa é elencada pelas seguintes iniciativas científicas: GP em Artrópodes, Vetores e Inimigos Naturais; GP Biologia e Conservação de Anamniotas; GP Biomarcadores, Biologia Morfofuncional Animal e Monitoramento Ambiental; GP Monitoramento e Preservação de Ecossistemas; e GP Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental.

Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, a Unioeste é um centro de excelência e uma referência em pesquisa no Sul do Brasil. “O desafio é propiciar a infraestrutura para assegurar o pleno desenvolvimento das atividades de pesquisas, refletindo na quantidade e qualidade da produção de publicações científicas, assim como na transferência de tecnologia, conhecimento e processos inovadores”, afirma.

O reitor da Unioeste, Alexandre Almeida Webber, destaca a importância da qualificação de profissionais, com sólida formação técnico-científica e didática. “A Unioeste busca promover o aperfeiçoamento de profissionais das mais diversas áreas do conhecimento, focando em uma formação multidisciplinar e transversal, bem como em aspectos científicos e tecnológicos e teóricos e práticos”, salienta.

ESTRUTURA – Moderno e funcional, o novo edifício foi projetado em estruturas pré-moldadas, método considerado atualmente entre os mais sustentáveis da construção civil. Aproveitando a oportunidade, estudantes de cursos de engenharias da Unioeste acompanharam a evolução do canteiro de obras em todas as fases da construção, com aulas práticas relacionadas ao conteúdo teórico das formações profissionais.

A execução dos serviços englobou a estruturação de todo o edifício, desde o assentamento da alvenaria, o revestimento externo, as esquadrias externas de alumínio e vidro, a cobertura metálica, as instalações complementares (hidrossanitária, elétrica e climatização), até o acabamento (piso cerâmico, revestimento de paredes e instalação de bancadas, acessórios e equipamentos).

Cada andar tem mais de 700 metros quadrados, todos equipados com salas para pesquisadores, professores e orientadores. O térreo foi destinado à coleção de plantas fanerógamas (que se reproduzem através de sementes) do Herbário da Unioeste, que reúne cerca de 11 mil exemplares da flora brasileira.

O pavimento abriga ainda os laboratórios de Identificação Bibliográfica de Plantas; de Identificação Estereomicroscópica de Plantas; de Dissecação e Fixação de Material Biológico; de Preparação e Análises Citogenéticas Básica e Molecular; de Fotomicroscopia; de Biologia Estrutural; de Reprodução de Vertebrados; de Reuso de Água na Agricultura; entre outros.

A coleção de plantas criptógamas (que não produzem sementes, flores ou frutos) do Herbário, atualmente com 7 mil amostras de algas da região Oeste do Paraná, está no primeiro andar do bloco, onde também foram instalados os laboratórios de Clorofila; de Curadoria da Coleção Botânica e Criptógamas; de Microscopia; de Morfologia e Anatomia Vegetal; de Análises Microbiológicas; de Preparo para Microbiologia; e de Esterilização, entre outros.

No último pavimento funcionam os cursos de mestrado e doutorado dos programas de pós-graduação em Biociências e Saúde e em Conservação e Manejo de Recursos Naturais. O andar conta ainda com salas multiusos e os laboratórios de Fisiologia Endócrina e Metabolismo; de Práticas Educativas em Saúde; de Biologia Molecular; de Imunohistologia; e de Histotécnica.

PROGRAMAS – O Programa de Pós-graduação em Biociências e Saúde concentra pesquisas e análises nas áreas de biologia, processo saúde-doença e políticas e práticas de saúde. Uma das linhas de pesquisa contempla estudos da morfologia, fisiologia e condições orgânicas de organismos, em decorrência de fatores comportamentais e socioambientais.

Já o Programa de Pós-Graduação em Conservação e Manejo de Recursos Naturais atua na realidade regional, buscando identificar e mitigar problemas relativos à conservação de recursos naturais, observando os processos de ocupação de espaço pela atividade humana. Esses estudos se baseiam em parâmetros sustentáveis, considerando aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais.