“Não vou pra casa humilhado”, afirmou o ex-governador Beto Richa (PSDB), em entrevista exclusiva ao vivo para a jornalista Denise Mello, nos estúdios da Rádio Banda B, de Curitiba.
Apesar de ainda não ter um cargo já definido para este retorno, a tendência é de que o ex-governador seja candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados. “Comecei a voltar a caminhar no Estado, passados três anos de sofrimento. Comecei a atender convites de prefeitos. Muitos querem que eu vá para o governo. Estou avaliando. Mas, hoje, estou inclinado a ser pré-candidato a deputado federal. Vamos avaliar com as lideranças do Paraná inteiro”, disse.
Richa foi denunciado em oito processos, um na esfera criminal e outros sete na esfera eleitoral. O desejo de retomar a vida pública acontece após uma reviravolta na vida do ex-governador, desde que foi preso pela primeira vez em 11 de setembro de 2018 e se tornar réu sete vezes por denúncias que se espalharam por quatro operações: Rádio Patrulha, Integração, Quadro Negro e Piloto.
O futuro candidato se diz injustiçado e citou feitos como prefeito e governador, além da trajetória da família na política, iniciada com o pai José Richa, para justificar a retomada à carreira política.
“Nada se confirma, não existe meia prova contra mim. A prisão não pode ser um ato de vontade do juiz, mas de direito. Não aceito o que aconteceu. Não só pela minha honra, mas vou trabalhar dobrado”, ressaltou o ex-governador.
Richa revelou que se afastou dos holofotes por recomendação de seus advogados e para cuidar da vida pessoal. Segundo ele, um momento muito difícil. “Resolvi adotar o silêncio, para ter paz para que meus opressores e algozes se esquecessem de mim. Para voltar a respirar e cuidar de mim, da família, da nossa defesa. A perseguição foi insana, diabólica. Não desejo a ninguém o sofrimento a que fomos submetidos.”
(Do portal Banda B).
