São produtores de Boa Ventura de São Roque que pela primeira vez tiveram acesso a sementes melhoradas. Iniciativa é da prefeitura do município e do IDR-Paraná.
Um grupo de famílias de Boa Ventura de São Roque, na região central do Paraná, recebeu do Governo do Estado sementes certificadas de feijão para o plantio em suas propriedades. A entrega do insumo foi feita em dezembro. Foi a primeira vez que os agricultores tiveram acesso a sementes melhoradas.
O projeto é uma iniciativa da prefeitura do município e IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater). Foram distribuídos 400 quilos de sementes de feijão preto da variedade IPR Urutau.
“É a maior quantia de sementes distribuídas para uma só localidade, em um município”, disse Rebeca Bartmeyer, do IDR-Paraná de Boa Ventura de São Roque.
O projeto beneficia 17 famílias de agricultores em situação de vulnerabilidade social. “Um diferencial desse projeto é que, além da doação das sementes, as famílias recebem assistência técnica para garantir um bom resultado do plantio. A organização do grupo para o plantio em áreas individuais e coletivas facilita as visitas e a orientação técnica”, explicou.
As famílias beneficiadas trabalham com culturas de subsistência como batata-doce, milho, mandioca e feijão. Cada família recebeu um volume de sementes de acordo com a sua capacidade de trabalho, entre 5 e 20 quilos.
Parte da produção poderá ser destinada ao consumo das famílias e o excedente pode ser comercializado. “O único compromisso de cada agricultor é devolver uma quantidade de sementes igual à que recebeu. Desta forma, haverá sementes para serem repassadas a outras famílias, ampliando o alcance do projeto”, destacou Rebeca.
A prefeitura de Boa Ventura de São Roque participou do projeto cedendo o transporte das sementes e da extensionista até a localidade. Rebeca informou que muitas dessas famílias fazem parte de outros programas de transferência de renda, como o Renda Agricultor Familiar.
“São produtores que demandam por assistência técnica. Como eles estão organizados para o cultivo em áreas comuns, onde todos trabalham juntos, o projeto acaba beneficiando todas as 50 famílias do assentamento”, concluiu Rebeca.