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Divórcio antecipado – Cidadania descarta aliança com Podemos e se divide sobre federação com PSDB

Durante reunião da executiva nacional do Cidadania, realizada nesta terça-feira, a votação sobre a federação com o PSDB acabou empatada: 10 votos a favor, 10 votos contrários e uma abstenção. Os líderes do partido rejeitaram as possibilidades de federação com o Podemos (11 a 9, com uma abstenção) e com o PDT (11 a 8, com duas abstenções) — Carlos Lupi, presidente pedetista, também havia enviado uma carta à cúpula da sigla sugerindo a aliança.

A decisão final será tomada pelo diretório nacional do partido, em 15 de fevereiro. Puxaram os votos contra a federação com os tucanos a ala liderada pelo senador Alessandro Vieira (Sergipe), e pelo deputado federal Rubens Bueno (Paraná), que defendem aliança formal com o Podemos, de Sergio Moro. Uma eventual aprovação da federação com o PSDB abriria caminho para que o Cidadania apoiasse a candidatura presidencial de João Doria, que venceu as prévias tucanas em novembro do ano passado. Líderes do Cidadania de São Paulo, como o deputado Arnaldo Jardim, fazem essa defesa. Nos bastidores, os favoráveis a um acordo com os tucanos, em detrimento do Podemos, argumentam que o PSDB é um partido mais estruturado, “colegiado, com base e não tem dono”.

Pela lei que instituiu as federações partidárias, dois ou mais partidos podem se unir em uma aliança semelhante à das coligações, mas que dura por toda uma legislatura — ou seja, quatro anos –, e não apenas para uma única eleição. Os partidos têm até abril para pedir o registro das federações no TSE. (De O Antagonista).