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Obras na Estrada Boiadeira avançam e ultrapassam 75% de execução

Serão 46,91 quilômetros de implantação de asfalto no total, com início na divisa com o Mato Grosso do Sul, no distrito de Porto Camargo, em Icaraíma, até Umuarama, com dois contornos (Santa Eliza e Icaraíma) e obras de arte especiais, com investimento total de R$ 232,8 milhões.

As obras de restauração, implantação e pavimentação da BR-487, mais conhecida como Estrada Boiadeira, no Noroeste do Estado, estão a pleno vapor. Uma das intervenções mais emblemáticas em andamento no Paraná, ela é fruto de um convênio entre o Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), e a Itaipu Binacional.

Serão 46,91 quilômetros de implantação de asfalto no total, com início na divisa com o Mato Grosso do Sul, no distrito de Porto Camargo, em Icaraíma, até Umuarama, com dois contornos (Santa Eliza e Icaraíma) e obras de arte especiais, com investimento total de R$ 232,8 milhões.

A implantação da pavimentação da BR-487 já foi realizada do km 12,74 ao km 20,84 (entre Porto Camargo e Icaraíma), do km 30,90 ao km 48,5 (do canteiro de obras atual até Santa Eliza) e do km 50,60 ao km 56,41 (trecho final das obras da BR-487/Boiadeira), totalizando 31,517 quilômetros, ou 75,9% das obras já finalizadas. A previsão atualizada de término é junho de 2022.

A Boiadeira foi dividida em três lotes e as obras atuais fazem parte do chamado Lote 1. O DNIT está concluindo o chamamento da empresa que venceu a licitação do Lote 2, entre a Serra dos Dourados e Cruzeiro do Oeste. Serão 37 quilômetros de obras, passando pela localidade de Lovat e coexistindo com a PR-323.

Essas conexões alcançam o Lote 3, o primeiro a sair do papel, em 2013, entre Cruzeiro do Oeste e Campo Mourão. Há expectativa de encerrar a revitalização da Boiadeira nos próximos cinco anos, com mais de 150 quilômetros no Paraná. Essa será uma das principais ligações do Paraná com o Mato Grosso do Sul, os dois maiores produtores agrícolas do País.

“Estamos consolidando um novo ramal de desenvolvimento para o Noroeste, ligando o Paraná ao Mato Grosso do Sul por um trecho mais curto do que é percorrido hoje pelos motoristas. Tudo isso se reflete nos custos logísticos da produção. O ganho de eficiência no transporte representa uma transformação para a região”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

ATLÂNTICO E PACÍFICO – A rodovia ligará o Noroeste do Estado à cidade sul-mato-grossense de Porto Murtinho, ponto de conexão com o chamado Corredor Bioceânico, projeto multimodal que pretende unir os portos brasileiros de Paranaguá e Santos (SP) aos portos do norte do Chile, no Oceano Pacífico.

A pavimentação da Boiadeira também possibilitará a interligação com uma rodovia de mais de 2,4 mil quilômetros entre Campo Grande (MS) e o Porto de Antofagasta, no Chile, reduzindo em até duas semanas o tempo de viagem das exportações do Centro-Oeste do Brasil até países como China, Japão e Coreia do Sul e a ajudará na atratividade a novos e importantes mercados do Pacífico como Indonésia, Filipinas e Austrália.

PARCERIA – O projeto da Estrada Boiadeira faz parte de um conjunto de obras financiadas pela margem brasileira de Itaipu e executadas pelo Governo do Estado, em um pacote que soma R$ 1,4 bilhão em investimentos. Há também a construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco; a duplicação da BR-469, a Rodovia das Cataratas, e a ampliação da pista do Aeroporto Internacional do Iguaçu, também em Foz; o Contorno de Guaíra; a duplicação do Contorno Oeste e da BR-277, em Cascavel; a revitalização da Ponte Ayrton Senna, em Guaíra; a implementação de iluminação viária em trechos da BR-277, na região Oeste; e a ligação entre Ramilândia e Santa Helena.