O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou o desbloqueio dos bens e contas da ex-primeira-dama Fernanda Richa e de André Richa, filho do ex-governador do Estado Beto Richa (PSDB), em até R$ 166 milhões. A decisão é de dezembro, mas só publicada nesta semana.
Indisponibilizados desde o início de 2019, a pedido do Ministério Público ao juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara de Curitiba. A decisão integrou a ação em que os três são réus na Operação Integração, que apura pagamento de propina a agentes públicos por empresas de pedágio no Paraná.
Em agosto do ano passado o processo saiu da Justiça Federal para a Eleitoral. Na época, os advogados se basearam em uma decisão do STF, que determinou que a Justiça Eleitoral tem competência para julgar crimes comuns que tenham relação com crimes eleitorais.
Richa dá mais um passo para provar a inocência nas acusações de recursos não contabilizados dos contratos do governo do Paraná com as concessionárias de rodovias e trilha uma candidatura sólida para se tornar deputado federal.
A decisão de Gilmar Mendes também se estende para a concessionária Viapar, que administra rodovias na região norte do estado, do ex-presidente Marcelo Stachow e do ex-diretor Jackson Luiz Ramalho Seleme.