Um artigo, publicado no jornal Folha de São Paulo mostrou as ligações do senador paranaense Alvaro Dias (Pode) com o doleiro Alberto Youssef e o ex-secretário da Fazenda de Maringá Luiz Antônio Paolicchi, na eleição do senado, em 1998. Youssef, símbolo da Lava Jato, foi o pivô da operação e condenado por Sergio Moro, que é candidato do Podemos, à presidência da República, nas eleições de outubro do ano que vem. Já Paolicchi, é acusado de desviar milhões dos cofres municipais e por assassinado em 2011.
De acordo com o artigo, Alberto Yousseff teria bancado parte da campanha do Senado, em 1998 e tinha Londrina como base das operações ilícitas, mesmo local onde Alvaro Dias se elegeu vereador em 68, depois deputado estadual em 1970, candidato à prefeitura em 1972, onde foi derrotado por José Richa, a governador em 1994 e 2002 e onde até hoje é seu domicílio eleitoral.
As revelações deixam o ex-juiz e ex-ministro, Sergio Moro em uma saia justa. Assessores recomendaram a ele buscar outro partido, como o União Brasil (UB). O objetivo é dissociar Moro do incomodo apoio de Alvaro Dias, que está em decadência política no Paraná e sem o apoio da maioria dos prefeitos dos 10 mais importantes cidades do Estado e também do Podemos, legenda com pouco tempo de rádio e televisão, além de um magro fundo eleitoral.
O União Brasil vem insistindo para que o ex-juiz da Lava Jato deixe o partido de Alvaro Dias, já que sem palanque e recursos em diversos estados a situação se complica para que ele possa ter competividade e conseguir chegar ao segundo turno.
Há alguns meses, o ex-deputado estadual, Delegado Francischini (PSL) começou o assédio a Sergio Moro, em uma visita, quando fez o convite. A intenção do União Brasil é montar uma chapa pura com a filiação de Sergio Moro e indicar Luciano Bivar como vice na chapa.