O Coritiba oficializou a contratação do técnico Antônio Carlos Zago. O anúncio foi feito na tarde deste sábado. O contrato é válido inicialmente até o fim de 2023.
Conforme adiantou o ge, as conversas acontecem desde segunda-feira, quando a diretoria demitiu o técnico António Oliveira. Na quarta, eles chegaram a um acordo, conforme antecipado no Blog da Nadja. O treinador chegou na noite de sexta em Curitiba. Ele terá o primeiro contato com o elenco neste sábado.
A diretoria acredita que Zago se encaixa melhor no projeto apresentado e, também, no que o time precisa para a sequência da temporada.
No domingo, o Coritiba recebe o Fortaleza, às 18h30, no Couto Pereira, pela segunda rodada do Brasileirão. Como não teve o nome publicado no BID, Zago não poderá ficar à beira do gramado. O time será comandado pelo auxiliar do clube, Leomir de Souza.
Título pelo Bragantino, passagens fora do Brasil
Zago tem 53 anos e trabalhou por último no Bolívar, da Bolívia, saindo em novembro do ano passado. Ele estava sem clube desde então. O treinador soma passagens por Palmeiras, Internacional, Juventude, Bragantino e Kashima Antlers, do Japão, entre outros clubes.
Ele foi campeão da Liga Boliviana, em 2022, com o Bolívar, e conquistou também a Série B do Brasileiro pelo Bragantino, em 2019.
Como jogador, Antônio Carlos foi zagueiro e campeão por onde passou. Conquistou o Campeonato Brasileiro por São Paulo (1991), Palmeiras (1993 e 1994) e Santos (2004). Com o Tricolor paulista, foi campeão da Libertadores em 1992. Fez história também pela Roma, com o título do Italiano (2000/01). Teve ainda passagens pela seleção brasileira, com a conquista da Copa América, em 1999.
Ainda como jogador, em 2006, Zago cometeu um ato considerado racista quando defendia o Juventude. Em partida contra o Grêmio, pelo Gauchão, ele foi expulso após acertar uma cotovelada no volante Jeovânio, do Tricolor gaúcho. Quando estava saindo de campo, Zago apontou a cor do próprio braço ao discutir com o jogador adversário.
Na época, Zago foi suspenso no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul por 120 dias por agressão e quatro jogos pelas ofensas racistas. Mais tarde, em uma entrevista à ESPN, ele revelou que precisou se apresentar à Justiça em um período de três anos, tendo que informar ausência quando viajava por 15 dias. Ao longo dos anos, Antônio Carlos Zago deu várias declarações dizendo ter se arrependido do ato.