Novo presidente do Londrina, Getúlio Castilho quer o clube se preparando para o fim do contrato com a gestora do futebol, a SM Sports. O contrato vai até 2025, justamente quando termina o mandato de Castilho na presidência do Tubarão.
O Londrina Esporte Clube está sob intervenção judicial desde 2009. A gestão da SM Sports começou em 2011 e tem contrato válido até 2025. Ela cuida de toda a parte do futebol do clube, tanto do time profissional quanto das categorias de base.
– Esse é no nosso maior desafio. Temos que estar preparados para 2025. A gente fala de 2025, mas não sabe se será 2025 ou se o Sergio antecipe (o fim do contrato da gestão). O Londrina tem que correr atrás de projetos para ter esse recurso, porque 2025 chega rapidinho – disse Castilho, em entrevista durante a posse da presidência, na última quarta-feira.
Neste período com a gestão da SM Sports, o clube conseguiu sanar cerca de R$ 8 milhões de dívidas trabalhistas, além de quitar grande parte de outros R$ 10 milhões de dívida federal.
Segundo a presidência do Londrina, as pendências atuais não devem passar de R$ 15 milhões, sendo a grande parte deste valor por causa de uma ação civil pública de 1998, com o clube devendo para o Município de Londrina.
– Já estou no Londrina há mais de 12 anos, o pior acho que já passou. Quando assumimos lá, a situação realmente era crítica, não tinha o que ser feito. Hoje já existem outras possibilidades, até pelo caminhar do negócio, a sociedade está voltando, os empresários estão voltando. Hoje o nosso uniforme só tem empresários da região, e acho que faltam mais alguns – destacou Getúlio Castilho.
SAF
A SAF também segue em pauta no Londrina. Em junho, foi aprovada uma inclusão no estatuto do clube que permite uma mudança para Sociedade Anônima do Futebol. Com isso, o Tubarão pode buscar fundos de investimentos nacionais e internacionais, lançamento de ações em bolsas de valores, entre outros, para aumentar sua receita.
Um estudo contratado pelo próprio clube colocou a marca do LEC em aproximadamente R$ 35 milhões. Esse valor serve de parâmetro para futuras negociações. Até agora o Londrina recebeu algumas sondagens, mas nenhuma proposta concreta de investidores. Quando isso ocorrer, ela será votada em assembleia.
– Existe o projeto da SAF, fizemos a assembleia, foi aprovada preliminarmente a criação da SAF pelo Londrina. Mas, proposta concreta até o momento não teve nenhuma. Existem várias propostas “não reais”. Aguardamos que possa aparecer uma coisa boa. Tem que ser bom para o Londrina. Se for bom só para o investidor, também não deve ser feito – comentou o novo presidente.
Veja outros trechos da entrevista:
Objetivos
– A projeção nossa é por uma continuidade no que a gente vem trabalhando, até colocar o Londrina realmente em posição de destaque. Precisamos trazer mais o público para junto do Londrina. A situação hoje não está muito tranquila assim, em termos de público. O futebol, na verdade, é um negócio, a gente tem que trabalhar para ter esse futebol também. Trabalhar em cima do futebol, trazendo mais público. Temos vários projetos para desenvolver e chegar nisso – disse.
– Temos que partir do princípio que temos que dar continuidade do que estamos fazendo. É lógico que existem alguns projetos que vamos alavancar, até posteriormente vamos passar para todo mundo, para ver qual seria a melhor maneira de resolver esse problema. Não existe milagre, o Sergio é nosso parceiro e o milagre tem que estar junto com ele.
Ingressos e sócio-torcedor
– Conversamos com o Sergio (Malucelli) preliminarmente. Acho que o Londrina deveria, até pela situação, realmente estar à frente desse projeto. Comercialização de ingressos, locais de venda. A gente tem cobrado muito o Sergio nessa situação. Precisamos melhorar isso – comentou Castilho.