publicidade

As eleições 2022 prometem! Brasileiros batem recorde na regularização e emissão do título eleitoral.

“Recorde histórico de atendimentos” foi assim que a Justiça Eleitoral fechou o período de cadastro eleitoral para as eleições 2022. Com mais de 7 milhões de pedidos atendidos nos últimos 30 dias, a JE superou a maior marca da história, sendo 4.037.709 Requerimentos de Alistamentos Eleitorais (RAEs) de forma presencial nos cartórios pelo sistema Elo e 3.172.204 solicitações feitas de forma virtual pelo Título Net. Na véspera do encerramento do prazo foram somados mais de um milhão de atendimentos. Uma resposta muito diferente do eleitorado em comparação às eleições municipais de 2020, o pleito em pleno cenário de pandemia contou com a maior abstenção verificada nas ultimas décadas, somente no segundo turno, 29,5% dos eleitores não compareceram às urnas, mesmo com o voto obrigatório.

Os números para este ano nos permitem uma conclusão, as consequências da pandemia e o descaso do governo federal gerou um clima de revolta na população brasileira, que pretende reagir nas urnas. Em dois anos sofrendo as causas da COVID-19 o Brasil assistiu discursos e atitudes de um presidente que fez pouco caso das mortes, foi contra o isolamento como medida de prevenção ao vírus, apoiou vias de tratamento alternativas que iam de encontro com a ciência e militou contra a vacinação da população. Eis que o brasileiro que sobreviveu à pandemia chegou até aqui com diversas sequelas, perderam familiares, fecharamnegócios, foram demitidos e agora tentam sobreviver em meio a uma inflação descontrolada, endividados e desempregados. O país regrediu de tal forma que a população abaixo da linha da pobreza triplicou, atingindo cerca de 27 milhões de pessoas, ou seja, 12,8% da população e o cenário da fome no Brasil é considerado o maior em décadas.

O auxílio emergencial e o Auxílio Brasil, benefício pago á famílias de baixa renda que traz um valor médio de R$217, não serviram para compensar as perdas de renda da população e a ausência de políticas publicas somadas aos níveis de desemprego conduziram o país para o pior cenário de pobreza nos últimos dez anos. Todo esse cenário transportou o brasileiro para um primeiro momento de inércia, choque e sensação de impotência diante do exercício da democracia através do voto, somou-se ao terror causado pelo vírus da COVID-19 a total falta de esperança e descrédito nos governantes que disputaram as eleições municipais, a abstenção gerou pouca ou nenhuma renovação na política brasileira, o que levou o brasileiro a repensar  seu papel na democracia e finalmente cogitar usar o voto como arma para combater representantes que tem como ultimo propósito trabalhar pela população.

Espera-se que o foco do eleitor se concentre no governo federal, a rejeição crescente à Bolsonaro está sendo explicitada nas pesquisas, reforçada pelas alianças políticas desfeitas e, obviamente, pela sua postura durante a pandemia da COVID-19. Com mais de 1,3 milhões de regularizações do título eleitoral, principalmente com a grande ajuda da tecnologia através do Título Net, os brasileiros conseguiram, sem sair de casa, requerer a primeira via do título de eleitor (alistamento), a mudança de município (transferência), a alteração de dados pessoais e do local de votação para facilitar a mobilidade, bem como revisão para a regularização de inscrição cancelada.

As redes sociais também foram imprescindíveis na contribuição deste recorde, inúmeras campanhas realizadas em redes como Instagram e Facebook, levaram personalidades como influencers e celebridades a realizarem campanhas de chamamento do publico pela retirada e regularização do titulo de eleitor, o impacto se deu principalmente entre os jovens, este ano adolescentesna faixa etária de 15 a 17 realizaram o alistamento eleitoral em massa. Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lançou a campanha “Bora Votar. Eu vou porque eu posso”com o objetivo de incentivar o alistamento de jovens de16 e 17 anos, bem como o voto consciente, de janeiro a março, o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores na faixa etária de 15 a 18 anos contra 854.838 novos títulos em 2014 e 877.082 em 2018 (dados da Agência Senado).

O fato é que diante de um cenário completamente polarizados, teremos uma briga acirrada, principalmente no executivo federal, a volta do ex-presidente Lula como pré-candidato à presidência reacendeu a sede do Brasileiro em se envolver nas decisões políticas e, principalmente reavivou um pouco da esperança que andava apagada pela nossa história política e esmagada pela pandemia. O antipetismo tem recuado diante da possibilidade de termos Lula novamente como presidente de república, mas não é só isso, o Brasileiro se sente ameaçado com Bolsonaro no poder, há quem ainda defenda com unhas e dentes o atual presidente e que ainda aposte em uma reeleição, mas todos os sinais apontam que o brasileiro não vai deixar barato esses quatro anos de descaso.