As drogas apreendidas são resultado das diversas operações de combate ao tráfico desencadeadas no ano, aliadas a planejamento, inteligência e investigação, além de ações de patrulhamento e fiscalização pelas forças policiais.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP) divulgou nesta quinta-feira (10) o relatório de apreensão de drogas em 2021 no Paraná. No ano passado, mais de 272 toneladas foram tiradas de circulação no Estado, a maioria maconha. Em 2020 haviam sido 289 toneladas. As drogas apreendidas são resultado das diversas operações de combate ao tráfico desencadeadas no ano, aliadas a planejamento, inteligência e investigação, além de ações de patrulhamento e fiscalização pelas forças policiais.
“A apreensão de drogas é muito importante tanto para o Paraná quanto para outros estados, visto que fazemos fronteira com outras países. Por isso, combatemos o tráfico de drogas desde os pequenos pontos de distribuição até as principais rotas”, disse o secretário de Estado da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares.
A diminuição nas apreensões entre os dois anos leva em consideração a queda de 10% na retirada de maconha das ruas (257,5 toneladas em 2021 e 283,5 toneladas em 2020). Mesmo assim, a maconha representa 98% das apreensões das forças policiais do Paraná.
O recolhimento de cocaína também diminuiu, na casa de 24%. Em 2021, 3,37 toneladas da droga foram apreendidas, enquanto no ano anterior a quantidade foi de 4,2 toneladas. O relatório aponta ainda aumento no crack recolhido em 2021 – 1,39 toneladas da droga, 20,8% a mais que no ano anterior (1,15 tonelada).
As cidades onde mais foram apreendidos materiais ilícitos estão nas regiões Oeste e Noroeste do Paraná. Apenas em Foz do Iguaçu, foram apreendidas 30 toneladas de maconha em 2021, 6,6 toneladas a mais que em 2020. A segunda cidade onde mais houve apreensão de maconha foi Toledo, com 20,3 toneladas em 2021, número que também cresceu se comparado a 2020 (17,3 toneladas). Apesar da quantidade de maconha apreendida em Cascavel ter diminuído 12,96%, apenas no último ano 16,8 toneladas de maconha foram recuperadas na cidade.
A região Oeste também entrou para o histórico de apreensões do Paraná. Em janeiro de 2021 foi feita a maior já registrada pelo Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron). Um depósito com 12,7 toneladas de maconha foi desmantelado pelos policiais e cinco pessoas acabaram presas em Toledo. Com esta apreensão, o prejuízo estimado causado ao narcotráfico foi de aproximadamente R$ 13 milhões.
SINTÉTICAS – Muito encontradas em baladas, raves e festas, no Paraná, a apreensão de drogas sintéticas aumentou em 8,5% em 2021 (96.156 unidades, contra 88.544 em 2020). Destas, a apreensão de ecstasy quase dobrou fazendo a mesma comparação (em 2021 foram 71.573 unidades e em 2020 43.449 unidades). Já a recuperação de LSD, nome popular para a dietilamida do ácido lisérgico, caiu 45% (24.583 pontos em 2021 e 45.095 em 2020).
No mês de agosto de 2021, a Polícia Civil do Paraná apreendeu 12,5 mil comprimidos de ecstasy de uma só vez em Maringá, no Noroeste do Estado, e prendeu um homem. A investigação que levou à apreensão deste montante iniciou-se após a apreensão de outras 5 mil unidades da mesma droga em um posto dos Correios de Londrina, que tinham uma localização específica que levava ao remetente. Em posse do endereço, a equipe policial seguiu até o local citado e consegui prender o homem com as mais de 12 mil unidades.
CURITIBA – Curitiba manteve-se como a cidade onde mais foram apreendidos pontos de LSD no Paraná, com 4.295 unidades em 2021, 84% a menos do que a quantidade apreendida em 2020 (28.203 unidades). A Capital também foi a segunda cidade em relação a apreensão de comprimidos de ecstasy em 2021 (15.125 unidades), ficando atrás de Maringá, onde foram apreendidos mais de 27,5 mil comprimidos. Em 2020, foram retirados de circulação 22.935 comprimidos de ecstasy em Curitiba e 2.550 em Maringá.
Do total de maconha apreendida no Estado em 2021 pelas forças policiais, 5,2 toneladas foram na Capital. Em contrapartida, a quantidade de crack recolhida mais que dobrou, passando para 189,6 quilos em 2021, 103 quilos a mais que no ano anterior. Também houve um aumento de 58% na apreensão de cocaína, 209,3 quilos em 2021 contra 132,2 quilos em 2020.
Os dados completos do relatório de apreensão de drogas segundo AISPs podem ser consultados AQUI.