A saída de Rafinha, que retornou ao Coritiba com status de ídolo, impacta o legado do lateral-direito no clube. A quebra de confiança com a diretoria e a torcida prejudicam a imagem construída ao longo da carreira do jogador, de 39 anos, que tinha planejado se aposentar pelo Coxa ao fim da temporada.
No início de janeiro, Rafinha foi apresentado com a camisa 13 e voltava ao clube após 20 anos. Na ocasião, o jogador citou gratidão ao Coritiba e falou dos últimos passos em campo como profissional.
— Chega um momento na carreira que precisamos olhar pra trás e ser grato a todos aqueles que me ajudaram direta ou indiretamente. Sentia que não podia terminar sem vestir a camisa do Coritiba novamente. O Coritiba foi minha primeira temporada no futebol e está sendo a última — disse Rafinha à época.
A volta de Rafinha ao Coritiba neste ano foi considerada uma das principais contratações já feitas pela SAF: pela liderança, pelas suas conquistas e por suas raízes ligadas ao clube. Além disso, o Coxa ofereceu um projeto de carreira após a aposentadoria.
A segunda passagem de Rafinha pelo Coritiba, no entanto, durou apenas 85 minutos, com destaque negativo para o episódio que culminou na rescisão de contrato após o jogador ter participado de evento do Bayern de Munique, na Alemanha, sem a autorização do Coxa, com quem tinha contrato até o fim da temporada.
No entendimento do Coritiba, Rafinha não falou a verdade. Na sexta-feira, o clube liberou o jogador para ir à Alemanha após ele afirmar ter sido convocado para uma audiência. O lateral apresentou os documentos que exigiam a presença. Em nenhum momento, foi citada a participação no evento do Bayern de Munique.
— O Coritiba bem sabia da existência desse torneio. Fui por que quis, assumo toda a responsabilidade e se o que fiz é errado, o único responsável sou eu. Nem o Coritiba e nem a minha assessoria faltavam com a verdade — explicou Rafinha através de postagem nas redes sociais sobre a polêmica.O discurso do lateral, em 2023, é parecido ao publicado nas redes sociais para justificar a participação no evento festivo do Bayern de Munique mesmo sob contrato com o Coritiba.
— Fui nesse torneio por livre e espontânea vontade, afinal pra que eu iria mentir uma coisa que já fiz muitas vezes. Desde quando estava no Olympiacos e no São Paulo, sempre participei dos eventos do Bayern de Munique, sempre sou convidado e me sinto privilegiado por esse reconhecimento — completou